quarta-feira, 13 de junho de 2012



Educação e Turismo Pedagógico: As Possíveis Relações no Processo de Ensino/ Aprendizagem para os alunos do Ensino Fundamental do primeiro ao nono ano da Rede Pública Municipal de Ensino em Camboriú-sc.

 Teresinha Aparecida Dalla Rosa 
 
 Introdução

O turismo tem sua origem histórica na antiga Grécia, onde Heródoto, conhecido como pai da história, foi talvez um dos primeiros viajantes da Terra. Como ele, muitos gregos se deslocavam motivados pela religiosidade, visitando santuários ou participando de competições esportivas, tais como os jogos olímpicos. A ligação entre o que se poderia chamar de pólo turístico e as cidades emissoras desses viajantes era feita por estradas que irão desempenhar papel importante não só para esse incipiente turismo, mas para o estabelecimento do comercio e para o empreendimento de novas conquistas territoriais. No império romano foram às famosas “vias” que permitiram o surgimento da procura pelas Termas. Essa busca irá exercer a mesma função motivadora religiosa identificada nos antigos gregos, porém voltada para o lazer ou a terapia.
 Mas a derrocada do império romano, com a chegada dos bárbaros inaugurou um período obscuro para esse turismo inicial, que somente voltara a se manifestar no inicio do século XI. Esse ressurgimento deveu-se, por sua vez, ao surto de prosperidade, principalmente do setor agrícola, obrigando o produtor a negociar o excedente, o que propiciou o aparecimento de uma economia de mercado. É quando surgem as importantes feiras de produtos agrícolas, revitalizando os antigos lugares de peregrinações.
É na França, em torno de 1550, que surge o primeiro guia de estradas pioneiro no mundo, sendo seu autor Charles Estienne. Com essa sinalização de estradas, roteiros e indicações oportunas aos viajantes, os deslocamentos tornam-se mais freqüentes; surgem então os primeiros albergues e estalagens ao longo dessas estradas, como verdadeiros pontos de apoio aos viajantes. E assim, no inicio dos anos do século XVIII, são organizados os primeiros transportes coletivos na França sob o reinado de Francisco I.
   Entretanto, será no século XX, principalmente com o advento da indústria automobilística e da aeronáutica, que o turismo tomará grandes dimensões. Se, por um lado, a conquista tecnológica permitiu a explosão do turismo de massa, por outro, isso foi possível em decorrência de outras conquistas sociais como, por exemplo, o direito do trabalhador a férias remuneradas. Alem disso, o próprio desenvolvimento econômico de algumas nações propiciou o grande “boom” do turismo, transformando-o na maior atividade econômica da atualidade.


Turismo em Espaços Rurais.

A origem do turismo em espaços rurais estaria, conforme Portuguez (1999), na prática da hospedagem em propriedades rurais, cuja gênese está associada à necessidade de abrigar viajantes que circulavam por regiões norte-americanas pouco povoadas e, ao mesmo tempo, de paisagens consideradas atrativas para o turismo. A inexistência de meios de hospedagem nessas áreas teria instigado proprietários de fazendas, residentes nessas regiões, a abrir suas propriedades para o pouso daqueles viajantes. Essas propriedades indica Portuguez, foram chamadas de farm houses.
Hoje, recebem denominações como working farm, guest farm, ranch resort, lodge resort, entre outras.
A década de 1960 é o período a partir do qual as diversas modalidades de turismo em espaço rural se projetaram em todo o mundo, embora se possa reconhecer que, em décadas anteriores, experiências de turismo em espaço rural já teriam acontecido (Portuguez, 1999).
O turismo em espaços rurais pode abarcar a visitação a propriedades rurais, com ou sem pernoite, e o envolvimento ou não do turista com as práticas rurais comumente presentes nesses espaços. O turismo pode ter benefícios importantes como a promoção da melhoria da qualidade de vida de populações rurais e a redução do fluxo e dos efeitos do êxodo rural (Portuguez,1999).

 
Turismo Meio Ambiente e Sustentabilidade.

O debate sobre o conceito de turismo sustentável é um fenômeno dos anos 90. Todavia, suas origens repousam no conceito mais amplo de desenvolvimento sustentável que convive conosco há muitos séculos.
Por “sustentável” geralmente queremos dizer “ desenvolvimento que satisfaz nossas necessidades hoje, sem comprometer a capacidade das pessoas satisfazerem as suas no futuro”. Trata-se, portanto, de uma perspectiva a um prazo mais longo que o usual ao tomarmos decisões, e envolve uma necessidade de intervenção e planejamento. O conceito de sustentabilidade engloba claramente o meio ambiente, as pessoas e os sistemas econômicos.
Enquanto o termo “sustentável” só passou a ser usado explicitamente nos últimos 20 ou 30 anos, as idéias que o sustentam nasceram, por exemplo, nos modelos mais remotos de planejamento urbano. Talvez possamos concluir que algumas das primeiras tentativas de se alcançar o desenvolvimento sustentável tenham sido as cidades e as metrópoles que foram planejadas e desenvolvidas pelos romanos.
A industrialização no Reino Unido transformou a economia e a sociedade bem como o meio ambiente natural. Reconhecia-se que se ela não fosse controlada, o processo poderia destruir o meio ambiente físico, e levar a uma qualidade de vida muito insatisfatória para a população. Isso resultou no crescimento de povoações “modelo”, tais como New Lenark, Saltaire e Port Sunlight, construídas por industriais paternalistas que tentavam oferecer boas condições de vida. Ao mesmo tempo, outros empresários desenvolveram parques para garantir às gerações futuras algum espaço verde no centro das cidades industriais. O desejo de salvaguardar o ambiente e promover a igualdade social também estimulou o aumento de movimentos surgidos no Reino Unido em 1898 para formar “cidades-jardins”, que eram constituídas de gramados, árvores e espaços livres em vez de fabricas.
Somente a partir dos anos 60 a questão do desenvolvimento sustentável também se tornou uma questão importante no chamado “terceiro mundo”. À medida que os paises da Ásia e África obtinham sua independência, eles estavam decididos a preencher a lacuna de riquezas entre seus paises e as nações desenvolvidas. Alguns deles tomavam uma perspectiva puramente em curto prazo e partiam para a exploração de seus recursos naturais com vistas a um lucro imediato. Outros tentavam partir de uma perspectiva em longo prazo e discutiam sobre como o desenvolvimento poderia acontecer de uma maneira mais sustentável.


Turismo Sustentável.

A expressão “turismo sustentável” começou a ser usada a partir do final dos anos 80, quando os estudantes de cursos superiores e os profissionais de turismo começaram a considerar as implicações do Relatório Brundtland em suas próprias atividades. Contudo, as expressões “questões verdes” e “turismo verde” eram usadas mais comumente naquela época.
Uma importante conferência em Leeds, em 1990, sobre o que seria agora chamado de turismo sustentável, por exemplo, foi chamada de “Gradações de Verde”. O uso da expressão “turismo verde” refletia o aumento do interesse em questões ambientais no final dos anos 80 e o crescimento de “políticas verdes” no Reino Unido, na Alemanha e na França.
Sabe-se que o conceito de desenvolvimento sustentável tem claras implicações sociais e econômicas, entretanto, a ênfase no debate ainda tende a enfocar predominantemente o meio ambiente físico. De certa forma isso é compreensível, pois os impactos do turismo no meio ambiente são facilmente visíveis, e sabemos que o meio ambiente é um recurso limitado. Contudo, é claro que à medida que a ação do homem dá forma ao meio ambiente físico, qualquer tentativa de administrar o impacto ambiental deve abranger os sistemas econômicos e as necessidades da sociedade em geral e das comunidades locais, em especial, por fim não é possível negar que os problemas ambientais nada mais são que a materialização, no espaço, das distorções e contradições presentes nas relações sociais, em toda medida, portanto, relativa à melhoria da qualidade ambiental, preservação de dada área, despoluição de um rio, rodízio de automóveis, será sempre um paliativo, as ações produzidas pelo homem, e que irreversivelmente revertem-se no ambiente, de maneira positiva ou negativa.
  Assim, o turismo verde deve incluir a redução dos custos e a maximização dos benefícios ambientais,criando muitos benefícios para a indústria do turismo como, por exemplo: a geração de emprego para populações locais; diversificação da economia, distribuição mais justa dos benefícios, e também do ponto de vista do meio ambiente o turismo sustentável demonstra a importância dos recursos naturais e culturais para a economia de uma comunidade e seu bem-estar social, e pode ajudar a preservá-los.

Turismo Ecológico e Rural, Meio Ambiente e Educação em Camboriú-sc.

A cidade de Camboriú-sc possui em sua área rural cerca de 120Km2 de Mata Atlântica em estado de preservação, com belas paisagens, muitas nascentes e cachoeiras o que estimula a atividade turística, com hotéis fazenda, pousadas, pesque-pagues, turismo de aventura, entre outras boas atrações.
Com tantas possibilidades e atrativos, foi criado no ano de 2005 o Projeto “Natureza Preservada, Cidadão Feliz”, em parceria com a Prefeitura Municipal de Camboriú através da Secretaria de Educação e Cultura. Este Projeto busca relatar as possibilidades frente ao desenvolvimento do Turismo Ecológico e Rural no município de Camboriú-sc, bem como identificar e descrever as transformações realizadas neste espaço geográfico e a contribuição que a atividade turística pode oferecer a população local. Os alunos do Ensino Fundamental da Rede Pública Municipal inserem-se neste processo através de um currículo mais flexível que busca integrar o cotidiano local e o saber escolar de forma mais significativa, através de aulas passeio os alunos são levados a campo para vivenciar o que aprendem em sala relacionando teoria e prática, todas as aulas passeio acontecem na área rural do município onde estão localizados os equipamentos turísticos em funcionamento.
A temática Ambiental é abordada a todo o momento, uma vez que é proposta do Projeto sensibilizar os alunos quanto à importância da preservação do meio ambiente e do estabelecimento de relações harmônicas entre o homem e o meio do qual faz parte. Conhecendo as características e qualidades do meio, as pessoas são capazes de se sensibilizar  para sua preservação, ou seja, só protegemos aquilo que amamos e valorizamos. Através do ato de observar, sentir e refletir a partir de situações que fazem parte da realidade irá contribuir grandemente para a formação de pessoas mais críticas e preocupadas com a realidade de nosso planeta.
     Neste espaço, é fundamental o papel do professor, que é quem detém o conhecimento dos conteúdos estudados no dia - a - dia do aluno. E assim promover a interação do aluno com o meio natural e com meios sociais diversificados, contribuir para que o ensino seja dado de forma mais contextualizada, conferindo um sentido ainda maior para a aprendizagem, além de aproximar o aluno de algumas questões que estão presentes em nossa sociedade, mostrando sua co-responsabilidade para manutenção da mesma.

  De acordo com Spínola da Hora e Cavalcanti (2003, p.223), isso não poderia ser diferente em relação à educação, pois como o turismo é um fenômeno social de caráter extremamente dinâmico não seria estranho conceber uma modalidade cuja principal característica fosse não apenas a satisfação da curiosidade por novos lugares e culturas, mas também o ensino formal propriamente dito.
Para os autores é a capacidade de promover o desenvolvimento humano, social e educacional que baliza a utilização do turismo como atividade que serve ao ensino. Dessa forma, pode-se considerá-lo como grande aliado na educação extra-classe, contribuindo para que uma grande meta seja realizada: a pedagógica e, como conseqüência a efetivação do que se denomina Turismo Pedagógico.
 Turismo Pedagógico é uma modalidade relativamente recente no Brasil, quando comparada a outros tipos tradicionais de turismo. Sua preocupação básica centra-se na melhor maneira de conduzir a atividade educativa, de forma a alcançar finalidades pedagógicas, por meio da experiência turística. O Turismo Pedagógico se apresenta como uma possibilidade de tornar o conhecimento pertinente, contextualizado e real. A viagem é o elemento motivador para dar encanto à educação. No Turismo Pedagógico, os diversos saberes e realidades são articulados como necessidade de reconhecer e conhecer os problemas do mundo, em um ambiente de divertimento e prazeres.
Trata-se de uma das atividades que mais se harmonizam ao conceito de turismo sustentável, uma vez que sua motivação é puramente educativa, e a educação ambiental é praticada nas três dimensões: conceituais, procedimentais e atitudinais. Além do mais, conhecendo localidades da sua região ou do seu país, o aluno-turista passa a desenvolver um sentimento de valorização e conservação dos patrimônios sociais, culturais e ambientais das comunidades, o que torna possível o desenvolvimento do turismo sustentável.
(...) procurando-se desenvolver e aprofundar a consciência ecológica por meio da interação e do respeito à natureza, além da sua conservação, objetivos da educação ambiental. RODRIGUES, 1997 p. 28.


 Turismo Pedagógico sob o olhar de Freinet.


  Célestin Freinet foi um dos primeiros educadores a defender a ampliação dos olhares das crianças para fora do espaço escolar. Suas idéias foram consideradas revolucionárias num momento onde o ensino estava sob a égide da escolástica, sendo que seus trabalhos foram desenvolvidos na França, num período compreendido entre 1920 e 1966, ano em que faleceu.
Freinet, em seu livro Les dits de Mathieu, traduzido como “Pedagogia do bom-senso” (1973), trata dos fundamentos da educação, inspirado na experiência dos homens simples, das crianças e dos animais, numa busca visível de sinalizar sua prática de professor.
O livro é dividido em partes que ao lê-las, ora nos parecem histórias, ora parábolas, ora textos filosóficos. Uma dessas partes, intitulada “Deitaram pedras nos lagos” faz referência à necessidade que as crianças têm, de jogar pedras nos lagos, [...] “de andar e de correr, de patinhar nas poças de água, de brincar com o fogo e com a faca, [...] (p. 45)”.
  O protesto a tal necessidade, é citado por Freinet: Inútil desperdício de energia. Então? Iremos obrigar cada homem a redescobrir o carrinho de mão, a máquina a vapor ou a virtude das sulfamidas? Homens com prática de crianças acumularam-lhes materiais, classificaram-nas, agruparam-nas. Para quê deixar a criança tatear, perder-se em inúteis labirintos!
Existem manuais escolares [...] (DAZY, 1948, apud FREINET, 1973, p. 45). Ao protesto acima, Freinet comenta: Hoje, toda a gente sabe andar de bicicleta. Como é possível que almas generosas não hajam imaginado ainda, para uso das crianças, um manual para ensinar a arte de andar de bicicleta sem quedas e esmurradelas? Os próprios pedagogos verificaram que esse manual em nada diminuiria as tentativas e também não evitaria quedas e arranhões. (FREINET, 1973, p. 45).
Passados mais de sessenta anos, essas questões ainda são pertinentes de serem refletidas. Atualmente ainda existem muitas escolas de diferentes graus de ensino que baseiam sua proposta pedagógica em manuais escolares que se intitulam como facilitadores da aprendizagem. No entanto, distanciam os alunos da realidade e causam neles, um sentimento de frustração, por não conseguirem ver sentido no que é ensinado nas escolas.

   O Turismo Pedagógico pode ser desenvolvido nas escolas através de equipes multidisciplinares ou em formato de projetos, dificilmente os alunos desperdiçam a oportunidade de ultrapassar os muros da escola e vivenciar outras realidades com fins pedagógicos. As aulas passeio sempre serão bem recebidas e aproveitadas ao máximo pelos educandos, pois a oportunidade de relacionar a teoria à prática é fonte motivadora para as crianças. As viagens e os passeios incluem aprendizagens que ocorrem através de pelo menos, três momentos: o do planejamento, isto é, a fase de organização, que deve contar com a participação dos estudantes, num exercício de democracia, através da escolha do lugar a ser visitado, da elaboração de regras, da pesquisa sobre o local a ser visitado; o da execução propriamente dita, através da observação e coleta de dados, da fruição do prazer de dirigir o olhar para uma paisagem; o das atividades de retorno, através da sistematização de conhecimentos, de montagens de relatórios, de organização de painéis com fotos, com desenhos e textos, podendo-se contar atualmente, com os recursos multimídia advindos dos computadores e da Internet.
 As atividades ligadas ao Turismo Pedagógico são muito importantes para a formação do senso de processo, isto é, o entendimento de diferentes aspectos intervenientes na história de um povo e o entendimento das diversas etapas necessárias para a composição de produtos e de serviço.

   Segundo Barreto (2003), a relação do turismo com a educação está muito além das semelhanças em seus significados. O ponto principal de aproximação são as relações sociais existentes nas duas atividades. Em ambos as experiências são muito significativas para os participantes, e podem conduzi-los a entendimentos diversos sobre as relações humanas e as formas de compreender e organizar o mundo.


Considerações
      
      A prática do Turismo pedagógico tem como intuito promover relações com o ambiente em sua mais ampla acepção, objetivando a geração de novos conhecimentos, de forma dinâmica e participativa, aliando teoria e prática de maneira a promover a interdisciplinaridade e ampliar olhares. Através deste olhar, o Projeto “Natureza Preservada, Cidadão Feliz”, pode ser entendido como um instrumento que possibilita a reflexão sobre  a política, as práticas e ações implementadas no âmbito  educacional, no sentido de mudar o que precisa ser aperfeiçoado, e ampliar o olhar e o conhecimento dos aducandos, através de atividades que sejam estimulantes e prazerosas, pois brincando também se aprende. O nosso trabalho é levar os alunos a compreenderem o ambiente enquanto espaço de trocas e construções simbólicas, através do reconhecimento espacial e cognitivo do lugar escolhido. Deve-se trabalhar com a turma as diversas possibilidades de experiências que o local oferece aos sujeitos que nela vivem e transitam tomando como experiência a capacidade de troca, construção de valores  e aprendizagem a partir da vivência dos alunos.


Referências

BARRETO, Margatita et.al. Turismo, políticas públicas e relações internacionais.Campinas,Papirus,2003.
CRUZ, Rita de Cássia Ariza. Introdução à Geografia do Turismo. 2ªed. São Paulo, Roca, 2003.
MASINA, Renato. Introdução ao estudo do turismo  - Conceitos básicos. Porto Alegre, Mercado Aberto, 2002.
PORTUGUEZ, Anderson  Pereira. Agroturismo e Desenvolvimento Regional.São Paulo,Hucitec,1999.
RODRIGUES. Adyr, Balasteri. Turismo e Espaço-Rumo a um conhecimento transdisciplinar. São Paulo, Editora Hucitec, 1997.
SWARBROOKE, John. Turismo Sustentável: Conceitos e Impacto Ambiental. 3ªed. São Paulo, Aleph Editora, 2000.
Disponível em http: www.macau.com.br/ Turismo Pedagógico. Acesso em agosto de 2008.
  Disponível em http: www.google.com.br/ Hórus – Revista de Humanidades e Ciências Sociais Aplicadas, Ourinhos/SP, Nº. 03, 2005/ O Turismo Pedagógico e a Possibilidade de Ampliação de Olhares.  Acesso em julho de 2008